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sexta-feira, 25 de março de 2011

a tempestade explode nos olhos dela...

e a fagulha que faltava pra explosão foi gerada, e tudo foi pelos ares.
Não, eu não vou desistir, a última coisa que penso é em desistir, mas também não vou tentar, me faltam motivos pra tentar, apenas sigo, sem saber o que fazer, como agir, preciso de abrigo, mas estou andando em círculos e tudo que encontro são pequenas porções de alegria instantânea, que dura três minutos e acaba. Como diria Clarice Lispector, queria uma alegria inventada, algo surreal, que não tem nome, procuro, e tudo que acho não passam de alguns meros fantoches, que me fazem feliz por apenas alguns momentos. 
Queria ser menos intensa, talvez esse seja meu pior defeito, mas também a maior virtude, eu não sei viver de metades, de meios-termos, eu quero mais, sempre mais, não consigo viver cada momento apenas por viver, eu vivo intensamente, a fundo, querendo sempre tirar o que de melhor há nele, assim como nas dores e angústias, o que podia não passar de um momento de raiva, acaba se tornando um bom motivo pra querer desistir, e aí se encontra o meu desespero, mas sempre há algo ou alguma coisa que me diz que devo seguir em frente, a palavra superar se tornou indispensável e essencial em meu dicionário, supero, todo dia, e sigo superando desde o momento em que acordo até o momento em que durmo, e esse é meu ciclo vicioso, que ora me faz bem, ora me corrói, por inteira, e me deixa no chão, em desespero, sem saber o que fazer. A parte boa disso tudo é que eu sei que posso ser superior à tudo, e apesar de todas as circunstâncias, sorrir, mesmo quando minha vontade é chorar, mas prefiro sorrir e fingir que está tudo bem, mesmo quando a tempestade está estampada em meus olhos, mesmo quando acho que devo desistir, não desisto, apenas, sorrio.

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